A abertura de confeitarias gourmet, docerias e lojas de bolos tem sido uma verdadeira mania nacional. Seja pela veia empreendedora natural do brasileiro ou pela necessidade de se reinventar diante dos desafios da economia, a safra desses negócios tem sido cada vez mais diversa. Sub-nichos como o  das lojas especializadas em um único doce, como brigadeiros e cupcakes, também estão em voga.

O alcance dos reality shows da TV, dos Youtubers e dos Instagrammers só aumenta. Como resultado dos estímulos, muita gente está apostando em seus talentos na criação de doces, tortas e bolos e montando seu primeiro negócio na área.

A pergunta inevitável é: será que isso tudo é tendência ou apenas moda passageira?  O que fazer para permanecer e prosperar no mercado, ao invés de cair no ostracismo?

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Docerias, confeitarias gourmet e lojas de bolos vieram mesmo para ficar?

Segundo Marcelino Rodrigues, professor da PROPAN e consultor da Márcio Rodrigues & Associados, esses negócios preenchem uma lacuna deixada pelas padarias, que perderam o foco em doces e confeitarias e deixaram de oferecer produtos diferenciados e personalizados. A boa notícias é que esses novos negócios têm muita estrada pela frente.

"Isso não é um mero modismo. Esses produtos já existiam, só estão surgindo em novos canais, mais especializados. Como em todo negócio, há uma seleção natural e o tempo vai dizer quem veio para ficar", afirma o Marcelino.

Receita do sucesso é gestão profissional e qualidade do produto

Esses negócios geralmente começam pequenos, não raro como um plano B para uma ocupação principal. De acordo com Marcelino, a chave do sucesso é profissionalizar a gestão e entregar uma alta qualidade no produto. "As boleiras e cake designers,  bem como as docerias especializadas e confeitarias gourmet, dão um novo acabamento aos produtos. Bons bolos e doces são como presentes, são mimos, envolvem afeto. Por isso o acabamento e a apresentação do produto são tão importantes", diz ele.

Ainda segundo Marcelino, quem faz sucesso costuma trabalhar com as melhores matérias-primas e investir constantemente em cursos de aprimoramento. A partir daí, vale escolher um modelo de trabalho - e de negócios. "Algumas pessoas vão agir como artesãs, trabalhando em casa, produzindo poucas quantidades. Outras vão abrir empresa, ter um ponto comercial e futuramente expandir. Para o segundo grupo, cursos de empreendedorismo, finanças, marketing, atendimento a clientes e gestão de equipes são fundamentais".