Adotar uma solução de pitstop para abastecimento de empilhadeira GLP pode ser, muitas vezes, uma decisão mais direta para os líderes da indústria, uma vez que são considerados os prós que a adoção pode trazer ao dia a dia da operação, dentre eles segurança e, em última instância, economia de custos.
Mas, em indústrias com múltiplas plantas, o processo decisório pode esbarrar em um dos gargalos mais comuns quando o assunto é a instalação do sistema de abastecimento: como encontrar o melhor local para colocar a solução de pitstop, de forma a otimizar os processos sem atrapalhar a logística da planta?
"Não é uma tarefa simples a escolha do local, visto que existem normas e regras a cumprir, como as diretrizes sobre afastamentos, visto que para cada tamanho de cilindro a alocar na fábrica consta um distanciamento recomendado", exemplifica Clodoaldo Lazareti, professor de engenharia de produção do Instituto Mauá de Tecnologia (IMT).
Na visão do especialista, a própria instalação também é assunto que deve ser pautado na escolha, pois as recomendações e especificações para instalações voltadas para GLP, por exemplo, são diferentes das utilizadas para GNV, ambas seguindo normas e protocolos de segurança distintos.
Análise contextual
O processo de organização para escolher o posicionamento mais adequado passa por uma série de itens, que podem variar de projeto para projeto. Dentre alguns dos principais pontos, estão:
1) Dimensionar o consumo
Lazareti afirma que uma das principais observações refere-se ao dimensionamento de consumo da operação, ou seja, basicamente o volume de gás consumido. Isso é essencial para determinar a escolha do reservatório. "Escolhido o reservatório mais adequado, também é necessário entender 'como' e 'onde' se dará a instalação dentro do espaço possível na fábrica ou galpão", comenta.
2) Verificar acessos
O próximo passo é verificar as áreas livres de movimentação e o menor caminho até o local de trabalho das empilhadeiras – o que Lazareti chamou de "rotas de trabalho".
3) Dimensionar o fluxo
O dimensionamento local é outro ponto de análise. Ou seja, a quantidade de empilhadeiras que farão uso do pitstop, além do consumo estimado.
"Normalmente, deve-se prever os acessos das empilhadeiras à área de abastecimento de modo a agilizar a volta da máquina em operação no galpão. Isso é muito peculiar de cada arranjo físico de variados galpões, desde que atendendo as NRs e ABNT NBRs (ABNT NBR 13365, ABNT NBR 13523, ABNT NBR 14024 entre outras", aponta.
Lazareti ressalta, ainda, que quanto mais centrais espalhadas pela fábrica, maior será o número de instalações, controles, procedimentos, atendimento à segurança, bem como Normas, "sendo estas passíveis de verificação e manutenção preventiva, motivo este que a previsão e dimensionamento inicial do consumo são determinantes para as decisões", diz.
Também é preciso analisar o macro
O professor também afirma ser de extrema importância fazer a análise a partir de uma visão macro do local. Assim, ao considerar a posição mais adequada para um sistema de abastecimento, deve-se ter em mente que um caminhão, de maior capacidade, precisará adentrar as instalações industriais a fim de abastecer os reservatórios do sistema de pitstop, que possuem menor capacidade.
"Portanto, é fundamental que tenha uma visão de movimentação adequada à circulação desse caminhão", salienta Lazareti. Por outro lado, o especialista ressalta que também é preciso considerar o acesso das empilhadeiras para o ponto de abastecimento.
Nesse sentido, é "desejável" que tal acesso "seja facilitado, uma vez que este não pode estar em área confinada, dentro da fábrica, por exemplo".
A sugestão de Lazareti é fazer o mapeamento da movimentação das empilhadeiras para que se tenha uma previsão de como será o fluxo na prática e já considerando a área de reabastecimento na parte externa.
"Cada caso é distinto em termos de layout da fábrica, porque isso depende totalmente do tamanho das instalações fabris ou galpão. Mas, em geral, o sistema de abastecimento é alocado em áreas externas maiores, podendo estas serem cobertas – porém com aberturas laterais que consigam atender inclusive as normas regulamentadoras e de instalação", explica.
Consultoria e o pitstop Ultragaz Empilhadeiras
Atualmente há diversas opções quando o assunto é solução de pitstop para empilhadeiras GLP, sendo essa, inclusive, uma das recentes soluções do portfólio da Ultragaz para a indústria.
Desenvolvida não apenas para promover o abastecimento das máquinas dentro das diferentes indústrias, sejam elas com plantas simples ou mais complexas, a Ultragaz Empilhadeiras também foi pensada para atender a questões essenciais como segurança, divisão de custos e compliance.
Mas os benefícios que a adoção do sistema pode entregar ao negócio poderão ser aproveitados por completo apenas se a instalação for bem-sucedida. Assim, a cada nova realidade, uma nova analise minuciosa entra em curso.
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A Ultragaz, nesse sentido, possui especialistas treinados para justamente entender o contexto do cliente. Se todas essas considerações apontadas por Lazareti ainda não tiverem sido feitas, ou se houver alguma dúvida, a equipe trabalha em prol da busca pela resposta mais adequada.
"Internamente, falamos que este é um 'problema bom' para nós, porque temos a oportunidade de pensar junto ao time de projeto a melhor saída e entregar uma solução que considera um layout adaptado às necessidades do contexto do cliente, agregando ainda mais valor ao projeto final", afirma Gilvan dos Santos, consultor novos produtos da Ultragaz.
No fim, o dimensionamento adequado, bem como a análise minuciosa de todas as variáveis que cada ambiente fabril apresenta, é essencial para determinar o melhor cenário operacional.
O dimensionamento também contribui com a diminuição de uma complexidade já inerente ao projeto e otimiza o operacional como um todo, seja em tempo despendido por operadores no dia a dia, seja em custos.
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