Seja por questões econômicas, de produtividade ou de fiscalização e controle de atividades geradoras de poluição, muitas indústrias têm substituído a fonte energética que as abastece por GLP industrial.

O óleo diesel, por exemplo, já está sendo abolido na Europa em razão das implicações na saúde humana decorrentes da emissão de poluentes. Os benefícios proporcionados pela queima limpa do GLP já são percebidos, assim como a possibilidade de contar com equipamentos com queimadores modernos, que permitem modular a temperatura com precisão e consumir gás de forma inteligente.

No caso da energia elétrica, enquanto for necessária a geração termelétrica, a eficiência da cadeia desde a geração até a entrega ao consumidor é ineficiente. Para exemplificar, o engenheiro mecânico e doutor em energia Fernando Cörner, da Krona Consultoria e Projetos, explica que de cada 100 unidades de energia que alimentam uma termelétrica no Brasil, só 34 unidades chegam ao consumidor. Ou seja, 66 unidades são perdidas sob forma de calor para atmosfera.

Mesmo com os progressos que vem sendo conquistados visando à sustentabilidade, com a energia eólica e a fotovoltaica, por exemplo, os relatórios de entidades como International Energy Agency e British Petroleum ainda apontam para a dependência dos derivados do petróleo neste momento e até pelo menos 2040 (em números absolutos). Neste contexto, a busca se dá por derivados que apresentam menores impactos ambientais, como é o caso do GLP industrial, considerado ambientalmente amigáveis.

Com todas essas informações em mãos, há indústrias interessadas e dispostas a fazer a troca para o GLP industrial, mas ainda em dúvida sobre possibilidade de promover a conversão dos equipamentos do parque industrial para o novo energético e chances de sucesso da operação.

Para contribuir com as pesquisas, investigamos o tema com engenheiros mecânicos especializados na área de combustão para analisar as possibilidades de conversão de equipamentos abastecidos pelos diversos energéticos e oferecer informações efetivas em relação à viabilidade e impactos.

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Conversão energia elétrica para GLP industrial: análise de viabilidade

Nos casos envolvendo energia elétrica, é importante solicitar um estudo de viabilidade. “Todo trabalho de conversão tem duas preocupações: o valor econômico e as alterações no equipamento, podendo até obter ganho em produtividade”, explica Roberto Rinco, sócio da Corimec, empresa criada na década de 70 e que há vinte anos se dedica também à área de combustão. “Se a análise indicar que a conversão vale a pena, não é preciso se preocupar com qualquer eventual alteração no funcionamento do equipamento. Isso não ocorre. Aliás, o que pode haver é um ganho real de produtividade, porque existe uma grande diferença na transmissão do calor gerado via resistência e via aquecimento de gás.”

Como exemplo, Rinco cita o uso de cadinho elétrico no processo de fundição de alumínio: “É viável substituir a energia elétrica por GLP industrial porque em apenas um ano o investimento já se paga a partir da economia energética alcançada”. A Corimec registra crescimento de 15% a 25% ao ano na busca por conversão de equipamentos. “Os empresários estão cada vez mais buscando informações sobre as possibilidades e vantagens da migração em cada caso.”

Análise caso a caso

Não é possível estabelecer parâmetro por segmento industrial ou por tipo de equipamento. Mas um dos fatores que deve ser levado em conta no processo de conversão é se há espaço no layout interno do equipamento para alterar o sistema de aquecimento elétrico (geralmente resistência, indução ou arco elétrico) para possibilitar o estabelecimento das chamas dos queimadores.

Fernando Cörner, da Krona Consultoria e Projetos, explica que há casos que permitem apenas uma conversão parcial. É o caso de fornos elétricos de fusão de metais. Nestes casos, queimadores auxiliares GLP-ar e GLP-oxigênio são instalados para aumentar a produtividade e reduzir o consumo específico desses equipamentos (de kWh de energia elétrica por tonelada de produto).

Conversão óleo para GLP industrial

Em outros casos, como no de fornos industriais para de alimentos, os fabricantes passaram a conceber os equipamentos de modo a permitir o contato direto das chamas de gás industrial (ex.:GLP) com o produto para minimizar o consumo específico e aumentar a produtividade.

“No passado, havia fornos industriais nas indústrias de panificação e de biscoitos que queimavam óleo diesel. Os produtos da combustão do diesel não podiam entrar em contato direto com os alimentos. Era preciso incluir superfícies de troca de calor para confinar as chamas, evitando o contato. Isso gerava um consumo específico (kg de combustível por tonelada de produto) muito mais elevado. A conversão para GLP permite eliminar a superfície de troca térmica fazendo com que os produtos da combustão do gás entrem em contato direto com o produto”, conta Cörner.

Como exemplos de equipamentos que passaram a ser fabricados especificamente para gás podem ser citados fornos industriais de panificação, estufas e secadoras industriais, torrefação de café e indústrias cerâmicas.

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Por fim, Roberto Rinco alerta para a forma de calcular a relação custo-benefício. “É preciso incluir nas contas as questões indiretas também. Já fizemos algumas migrações de lenha para GLP. Pelo custo direto do energético não valeria a pena. Quando os empresários incluíram gastos com caminhão, motosserra e danos à saúde dos funcionários, concluíram que era vantajoso mudar”, exemplifica.

Conversão GN para GLP industrial: simples e possível

Quando a demanda é pela conversão do equipamento de GN para GLP, Rinco explica que sempre é possível e simples. A demanda é de apenas um ajuste de válvula ou troca de peças internas dos queimadores, de baixo valor. Não é uma substituição complexa e onerosa.

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