Escolher corretamente o energético que será usado nos equipamentos de um supermercado tem reflexo direto na eficiência, economia e na qualidade dos produtos alimentícios oferecidos. As principais alternativas são a energia elétrica ou o abastecimento de gás, que pode ser o gás natural ou o GLP.

O ponto de partida para fazer a opção é analisar o uso que será feito no estabelecimento e o tipo de equipamento que o energético deverá abastecer, já que cada supermercado tem necessidades específicas. Há unidades que contam com serviços de padaria e confeitaria, lanchonete, rotisseria e até mesmo pizzaria. Em outros casos, o uso principal é para preparo de alimentos no refeitório dos funcionários.

Para entender os principais pontos que devem ser ponderados, conversamos com Robson Simões, que atua na área de cozinhas industriais há cerca de 30 anos. Em 2014, ele fundou a Officina da Cozinha, que oferece soluções e customizações na montagem para empresas de diversos segmentos na capital paulista. Confira vantagens e desvantagens desses energéticos nos principais quesitos que devem ser avaliados.

Desempenho

O desempenho da energia e do gás depende do tipo de equipamento usado. Robson Simões explica que em geral a energia elétrica é vantajosa para equipamentos que necessitam de um poder de resposta mais rápido, como é o caso de fritadeiras.

Já o gás tem vantagens quando há a necessidade de melhor distribuição do calor. Com isso, equipamentos como fornos, churrasqueiras e broilers se beneficiam do abastecimento a gás. Ele destaca que não há diferenças entre o gás natural e o GLP nesse tipo de uso.

Uma das possibilidades para os supermercados é fazer o uso combinado, mantendo o gás como energético principal e utilizando a energia elétrica apenas para equipamentos pontuais. Simões afirma que cerca de 90% dos clientes da Officina da Cozinha utilizam abastecimento de gás em suas operações, com uma proporção igual entre o gás natural e o GLP.

Instalação

Uma desvantagem do uso de energia elétrica em cozinhas industriais é o custo de instalação. “É preciso ter quadros e cabeamentos preparados para suportar o consumo e a instalação acaba saindo muito cara por demandar muito uso de cobre”, explica o proprietário da Officina da Cozinha.

Ele afirma que os custos para instalação da tubulação interna para abastecimento de gás são bem mais acessíveis e não diferem entre o gás natural e o GLP.

No caso do GLP, é necessário instalar uma central para armazenar os vasilhames do abastecimento de gás a granel. Para garantir a segurança, existem normas que devem ser seguidas, mas o processo é simples e rápido, especialmente se realizado por empresas que orientam e auxiliam os supermercados.

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Abastecimento de gás: conta

Robson Simões afirma que o comparativo do custo mensal da conta varia muito de acordo com o cenário econômico e depende também de negociações contratuais feitas com os fornecedores. Em geral, o custo da energia elétrica é mais alto do que o do abastecimento de gás.

Um benefício relevante do gás GLP a ser considerado é a existência de concorrência. O fato de haver muitas empresas operando no mercado em todo o país facilita negociações comerciais.

Disponibilidade do energético

Dependendo da localização do supermercado, é fundamental avaliar a disponibilidade de oferta do energético e também de assistência técnica para atender situações emergenciais.

Em períodos de estiagem, o risco de escassez de energia elétrica cresce. Em relação ao abastecimento de gás, ainda que a rede de gás natural esteja em expansão, a cobertura ainda é baixa, estando restrita a grandes centros.

Já o GLP está disponível em todo o território nacional. Ao fazer a escolha entre as diversas distribuidoras que atuam no país, é importante levar em conta a logística de distribuição.

A Ultragaz tem a maior frota entre as empresas de GLP, o que garante o abastecimento de gás a granel com frequência superior à concorrência. Além disso, oferece assistência técnica 24 horas e diversos canais de atendimento das demandas dos gerentes dos supermercados.

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