A incorporação de novas tecnologias vem possibilitando atingir resultados melhores na secagem de sementes de soja. A secagem utiliza historicamente o mesmo processo. Porém, a utilização de dados e informações mais precisos possibilita a produtores e empresas reduzir perdas e ganhar em produtividade.

O engenheiro eletricista Mauro Lenz, coordenador de desenvolvimento da QualyAgro, empresa que atua há 30 anos no mercado, afirma que a evolução tecnológica está revolucionando o agronegócio como um todo.

“O setor agrícola é historicamente resistente a mudanças e os produtores seguem atuando da mesma maneira que o pai e o avô faziam. Mas há uma nova geração assumindo a liderança das empresas que já nasceu em um mundo tecnológico. Com isso, há uma mudança de visão, entendendo que o negócio precisa dar lucro e que não pode depender tanto de condições ambientais e humanas.”

Winícius Menegaz, engenheiro agrônomo e gerente de produção da Girassol Agrícola, destaca que o mundo sementeiro vivenciou um boom tecnológico nos últimos cinco anos. Para ele, o crescimento da importância da produção agrícola do Brasil fez com que empresas internacionais passassem a investir mais para trazer novas tecnologias para o país. “Há uma compreensão maior da necessidade de se tomar decisões com base em dados, em informações concretas.”

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Evolução tecnológica na secagem de sementes

O coordenador da QualyAgro explica que ao longo das últimas duas décadas foram incorporadas novidades ao processo de secagem de sementes de soja para reduzir a dedicação e a dependência da mão de obra.

“Há 10 ou 15 anos, era necessário ter um funcionário dedicado a acompanhar a secagem o tempo todo, medindo a temperatura com um termômetro analógico, abastecendo as fornalhas e abrindo as portas para controlar o calor. Faço uma comparação com a indústria automotiva. Desde que surgiram os motores a combustão, o princípio é o mesmo. Mas as evoluções tecnológicas trouxeram mais segurança, controle e conforto.”

Entre os avanços que ele destaca nesse período, estão:

- Mistura de ar quente e ar frio, melhorando o controle da temperatura;

- Uso de queimadores a gás, trazendo mais precisão ao processo;

- Monitoramento dos ciclos de secagem em tempo real;

- Uso de sensores para controle de temperatura;

- Sensoriamento também para medição de umidade.

Lenz destaca que nos últimos anos há um movimento em busca de maior segurança operacional. Esse é um dos fatores que vem impulsionando a migração para o uso de GLP na secagem de sementes de soja, já que os queimadores a gás possuem risco muito mais baixo. Além disso, a queima de lenha é prejudicial à saúde dos trabalhadores.

O GLP também traz benefícios à secagem de sementes de soja por distribuir o calor de forma equilibrada pelos queimadores, alcançando temperatura uniforme. O aquecimento homogêneo do equipamento é ideal para não prejudicar a genética e as características fisiológicas da semente.

Solução Ultragaz

A Ultragaz desenvolveu, em parceria com a QualyAgro, uma solução tecnológica que une algumas das evoluções mencionadas acima: o uso de queimadores a gás e o sensoriamento para controle de temperatura e de umidade para saber o momento certo de finalizar a secagem.

Lenz explica que um diferencial da tecnologia é o monitoramento de temperatura e umidade de forma integrada. Os sensores oferecidos no mercado fazem a medição desses parâmetros isolados, ou a temperatura ou a umidade.

Além disso, a tecnologia pode ser acoplada diretamente em silos ou outras estruturas onde as sementes ficarão armazenadas. “Esse é um grande benefício para os produtores porque ajuda a resolver um gargalo comum. A colheita é muito rápida e o processo de secagem de sementes leva tempo. Com isso, muitas vezes não há secadores suficientes para receber as sementes colhidas.”

Tecnologia 4.0

Winícius Menegaz, da Girassol Agrícola, conta que a empresa inaugurou em 2022 uma Unidade de Beneficiamento de Sementes (UBS) 4.0, incorporando novidades tecnológicas ao processo para a obtenção de dados mais precisos. Na unidade, são acompanhadas informações que contribuem para a tomada de decisões também nas demais unidades da empresa.

“Conseguimos medir a eficiência da UBS em tempo real utilizando balanças de fluxo. Antes, isso só era possível ao final do processo. Dessa forma, podemos correlacionar os resultados obtidos com a estratégia do campo”, explica.

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